PJ: Vale a pena trabalhar como autônomo? Saiba o que considerar

Mariana Mendes

No Brasil, já são quase sete milhões de profissionais atuando como pessoa jurídica, um número que cresce a cada ano. A busca por maior flexibilidade, melhores oportunidades de ganhos e regimes tributários potencialmente mais vantajosos tem levado muitos trabalhadores a considerar essa modalidade.

Mas, diante de tantos fatores a avaliar, surge a dúvida: será que ser PJ vale a pena em comparação ao modelo CLT? Neste artigo, você vai conferir quais são as principais diferenças entre CLT e PJ e as vantagens de cada um dos modelos. Vamos lá?

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Qual a diferença entre o trabalho PJ e CLT?

Antes de decidir qual modelo faz mais sentido para sua carreira, é essencial compreender as diferenças entre CLT e PJ². No regime CLT, o profissional tem vínculo empregatício formal, com direitos garantidos pela legislação trabalhista. Já no modelo PJ, a relação é de natureza comercial: o profissional presta serviços como empresa para clientes ou outras empresas, mas não conta com os mesmos benefícios previstos na CLT.

Confira abaixo as principais distinções entre essas duas modalidades:

CLT

CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) são normas e regras que regulamentam as relações trabalhistas no Brasil para quem atua com carteira assinada. Entre os benefícios garantidos na legislação, estão:

  • 13º salário;
  • Férias remuneradas com adicional de 1/3;
  • FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço);
  • Seguro-desemprego;
  • Contribuição previdenciária que garante aposentadoria, auxílios doença ou acidente e ainda licença maternidade;
  • Estabilidade em casos específicos, como gravidez ou acidente de trabalho.

Em contrapartida, devem ser cumpridos pelo trabalhador a carga horária definida pela empresa, que no Brasil é de no máximo 44 horas semanais, e recebimento de no mínimo um salário mínimo, com exceção de jornada reduzida ou regime de emprego de tempo parcial.

Além disso, no regime CLT o trabalhador que recebe acima de dois salários mínimos tem descontado diretamente na folha de pagamento o Imposto de Renda (IR), com alíquotas que variam de 7,5% a 27,5%, e também um valor mensal repassado ao INSS (valores variam de 7,5% a 14% do vencimento).

Já a empresa deve depositar mensalmente 8% do salário na conta do FGTS do trabalhador, cujos valores podem ser sacados em casos de demissão sem justa causa, por exemplo. Ainda há o recolhimento patronal do INSS.

PJ

Já o PJ é um trabalhador que presta serviços para uma empresa, emitindo notas fiscais, e tem um CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) e é comum em áreas como saúde, advocacia, marketing, corretagem de imóveis, tecnologia e consultoria³.

Esse modelo de atuação pode ser estruturado em diferentes modalidades, como⁴:

  • MEI (Microempreendedor Individual): ideal para quem fatura até R$ 81 mil por ano e conta com facilidades no pagamento de impostos;
  • EI (Empresário Individual): tem faturamento maior, de até R$ 360 mil anuais como Microempresa (ME) ou R$ 4,8 milhões como Empresa de Pequeno Porte (EPP);
  • SLU (Sociedade Limitada Unipessoal): outra opção para quem atua sozinho com faturamento maior em que o patrimônio pessoal é separado do PJ;
  • LTDA (Sociedade Limitada): voltada para quem tem sócios.

Os pagamentos dos tributos são de responsabilidade do próprio profissional e podem ser realizados via Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), por exemplo, além do INSS e do IR.

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PJ: Vale a pena trabalhar como uma empresa autônoma?

Se você busca maior flexibilidade profissional e independência financeira, trabalhar como PJ pode valer a pena, mas é necessário ter disciplina. Para decidir se essa modalidade se encaixa no seu perfil, confira abaixo os principais pontos positivos e negativos de atuar como PJ:

Vantagens

  • Autonomia para escolher projetos: você escolhe com quem e no que trabalhar, além de atuar com vários clientes ou empresas;
  • Atuação remota: muitas empresas contratam PJs para trabalhar à distância;
  • Negociação de valores: possibilidade de definir quanto cobrar.
  • Oportunidades de crescimento: chance de atuar em projetos variados;
  • Tributação reduzida: em alguns regimes, a carga de impostos pode ser menor que na CLT;
  • Deduções permitidas: gastos com aluguel, materiais de escritório e outros custos da atividade podem ser deduzidos em impostos;
  • Planejamento tributário: maior liberdade para organizar a renda e reduzir impostos.

Desvantagens

  • Sem benefícios trabalhistas: não há férias pagas, 13º salário, seguro-desemprego ou FGTS;
  • Renda instável: ganhos podem variar conforme a demanda e número de clientes;
  • Custos com benefícios: plano de saúde, previdência e seguros ficam por sua conta;
  • Burocracia fiscal: é necessário emitir notas e manter tributos em dia, o que exige atenção;
  • Gestão financeira rigorosa: necessário ter disciplina para separar contas pessoais e do negócio.
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Quando vale a pena trabalhar como PJ?

Trabalhar como PJ vale a pena em setores com alta demanda, como tecnologia, marketing, consultoria e outras áreas em que a especialização é valorizada. Esse formato também costuma atrair profissionais com perfil empreendedor, que buscam autonomia e têm disciplina para organizar suas próprias finanças.

Para avaliar se compensa atuar como pessoa física, é fundamental comparar o salário líquido da CLT com a remuneração proposta como PJ, considerando todos os custos extras que ficam sob sua responsabilidade: impostos, honorários de contador, plano de saúde, previdência privada e outros benefícios que não são oferecidos nesse regime. Vale lembrar que profissionais PJ não têm direito a férias remuneradas nem 13º salário, mas é possível se planejar financeiramente para reservar esses valores de forma independente.

De forma geral, quem prioriza estabilidade e benefícios garantidos pode se sentir mais seguro no modelo CLT. Já quem valoriza liberdade de atuação, flexibilidade e a chance de atender vários clientes, pode achar que trabalhar como PJ vale muito mais a pena.

Outro ponto importante é pensar em como receber e gerenciar os pagamentos. Isso é especialmente relevante para quem presta serviços a clientes internacionais. Nesse caso, soluções como a Wise para Empresas podem fazer diferença, já que permitem manter saldos em mais de 40 moedas, pagar fornecedores ou assinaturas no exterior com câmbio comercial e tarifas transparentes.

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Fontes consultadas:

  1. Agência Brasil: mais de 32 milhões de pessoas são autônomos informais ou trabalham sem carteira assinada
  2. Contabilizei: CLT ou PJ: qual vale mais a pena? Descubra a diferença
  3. AccountTech: como trabalhar PJ
  4. Contabilizei: tipos de CNPJ

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