IOF em compra internacional com o Banco do Brasil: tire suas dúvidas

Joao Marcos

Você está em Nova York, entra em uma loja, encontra aquele par de tênis que tanto queria e passa o cartão de crádito Banco do Brasil com a sensação de estar fazendo um bom negócio. Mas algumas semanas depois, quando a fatura chega, o valor final não bate com a conta mental que fez no caixa.

Essa diferença, quase sempre inesperada, é fruto de uma combinação de fatores: o IOF cobrado pelo Banco do Brasil, câmbio, spread cambial e taxas adicionais cobradas pelo banco.

Neste artigo, vamos detalhar como funciona essa matemática, mostrar o peso real desses custos em um exemplo prático e, finalmente, apresentar o Wise Rende+, uma alternativa que promete reduzir gastos e até gerar rendimento enquanto seu dinheiro aguarda a próxima viagem.

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O que é o IOF e como ele impacta sua compra internacional no Banco do Brasil?

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal que incide sobre uma ampla gama de operações financeiras, desde empréstimos e seguros até investimentos e câmbio.

No caso de compras internacionais feitas com cartão de crédito, a alíquota aplicada pelo governo é de 3,38%. Clientes com cartões das modalidades Visa Infinite, Mastercard Black, Elo Nanquim, Elo Nanquim Diners Club, Smiles Infinite e Visa Altus pagam somente 1,1% do IOF nas compras a crédito no exterior porque o Banco do Brasil paga essa diferença1.

A cobrança do IOF acontece no momento do fechamento da fatura. Isso significa que o imposto incide sobre o valor já convertido para reais, considerando o câmbio praticado pelo banco, acrescido de eventuais taxas de operação.

Leia também: Como receber dinheiro do exterior pelo Banco do Brasil

Outros custos da compra internacional com o Banco do Brasil

Além do IOF, que é obrigatório, há um conjunto de outros custos que tornam a experiência de gastar no exterior com cartão de crédito menos atraente:

  • Câmbio do Banco do Brasil: o Banco do Brasil divulga uma tabela com os valores do dólar americano para transações com cartão2. A partir de uma comparação com valores divulgados no Google, normalmente a taxa fica entre o câmbio turismo e o câmbio comercial.
  • Spread cambial: é um acréscimo aplicado sobre a cotação oficial, funcionando como margem de lucro do banco. Essa taxa, raramente clara para o consumidor, pode variar de forma significativa e não é informada pelo Banco do Brasil.
  • Taxas de saque internacional: ao retirar dinheiro com o cartão de crédito no exterior, há a cobrança de uma taxa fixa em torno de R$ 25 por operação3, além da incidência de IOF e juros até o pagamento da fatura.

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Leia também: Tem Banco do Brasil na Austrália? Entenda

Exemplo: O custo real de uma compra internacional com o cartão Banco do Brasil

Para entendermos melhor o impacto dessas taxas e diferentes câmbios, vamos traduzir esses números para o bolso. Imagine uma compra de um iPhone 16 em Miami, que custa a partir de US$ 799.

Primeiro, é preciso considerar o câmbio usado pelo cartão. O Banco do Brasil, como outros bancos tradicionais, utiliza um câmbio próprio que não é divulgado em tempo real e tende a ser mais caro que o câmbio comercial.

Se a cotação turismo estiver em R$ 5,60, a conversão do valor seria de R$ 4.474,40. Mas o detalhe mais pesado ainda está por vir: o IOF de 3,38% incide sobre esse valor convertido em reais, adicionando R$ 151,16 de imposto, o que eleva o total da compra para R$ 4.625,56.

Há, no entanto, um cenário mais otimista para quem tem cartões do Banco do Brasil que aplicam IOF reduzido de 1,1%. Nesse caso, o imposto sobre os mesmos R$ 4.474,40 cai para R$ 49,22, reduzindo o total da compra para R$ 4.523,62. Apenas pela diferença no IOF, o mesmo iPhone sai quase R$ 102 mais barato.

Se quisermos ir ainda mais além, considerando a possibilidade de usar o câmbio comercial de R$ 5,48 junto com o IOF de 1,1%, o valor da compra seria de R$ 4.426,68, mostrando que, entre o pior e o melhor cenário, a diferença ultrapassa R$ 200 apenas pela escolha do câmbio e da alíquota do imposto.

Leia também: VTM Banco do Brasil: como funciona?

Por que o IOF e as taxas do Banco do Brasil são desvantajosos para o exterior?

Não se trata apenas do Banco do Brasil. A alíquota de 3,38% de IOF é fixada pelo governo e incide sobre todas as compras internacionais com cartão de crédito. O IOF cobrado pelo Banco do Brasil em alguns cartões é de apenas 1,1%, o que se torna uma vantagem.

Porém, os bancos costumam oferecer um câmbio pouco vantajoso e embutir spread cambial. A falta de previsibilidade também pesa: sem saber qual será o câmbio no momento da compra, o consumidor fica sem controle real sobre quanto está gastando.

Leia também: Wise vs Banco do Brasil: um comparativo

Wise Rende+: Economia e Rendimento para suas moedas estrangeiras

Se os custos bancários parecem inevitáveis, a Wise mostra que não precisa ser assim. Com câmbio comercial real, IOF reduzido e agora com o Rende+, a plataforma oferece uma conta e cartão internacional que unem economia e rendimento.

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  • Seu dinheiro rende: saldos em Dólar (USD), Euro (EUR) ou Libra Esterlina (GBP) passam a gerar rendimentos diários.
  • Flexibilidade: mesmo rendendo, o valor continua disponível para compras com o cartão Wise, transferências internacionais ou saques.
  • IOF reduzido: ao converter reais para moedas estrangeiras na Wise, o imposto é de apenas 1,1%.
  • Segurança: os valores são aplicados em fundos de baixo risco, com ativos assegurados por governos, garantindo estabilidade enquanto rendem.

Em resumo: enquanto bancos aplicam IOF de 3,38% e câmbio turismo com spread, a Wise oferece IOF de 1,1%, câmbio comercial e rendimento sobre o saldo. A conta final pesa menos e o dinheiro, em vez de parado, trabalha por você até a hora da viagem.

Leia também: Como abrir uma conta internacional com o BB

Fontes consultadas neste artigo:

  1. BB. Compras no exterior
  2. BB. Histórico da taxa de conversão da moeda Dólar Americano para transações com cartão
  3. BB. Tabela de Tarifas Pessoa Física

Fontes consultadas pela última vez em 20 de agosto de 2025


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